FSM, berço da valorização da diversidade!

Demorei para escrever, mas infelizmente a intensidade do Fórum me consumiu e acabei só deixando para fazê-lo agora, diretamente do Fórum de Mídia Livre, que está acontecendo no prédio do NPI, pertinho do acampamento da Juventude na UFRA (Universidade Federal Rural da Amazônia).

Sem dúvida, os espaços do Fórum Social Mundial são efervescentes em seu conteúdo. Antes mesmo do início das atividades oficiais, muita gente já circulava pelos espaços, tentando ajeitar tudo para receber os participantes, mas não deixando de travar debates profundos sobre o significado deste Fórum no coração da Amazônia.

Estamos na oitava edição do Fórum. E é interessante observar que o FSM nasce em 2001, num contexto de agravamento das crises originadas pelo modelo neoliberal, como uma forma de construir novas alternativas para “um outro mundo possível”. Hoje, em 2009, com a consolidação deste ato interplanetário, reconhecemos que este é um espaço efetivo para esse debate. E mais, é um espaço para construirmos debates sobre outras formas de se viver em sociedade.

O debate de civilização e de sociedade, nós é furtado diariamente, com o intuito de se estabelecer um senso comum de que só existe uma forma de vivermos em sociedade, o que efetivamente, vai contra a realidade de um mundo multiétnico e multicultural, que agora se torna tão explícito com a com a fortalecimento dos meios livres de comunicação movidos a internet.

O Fórum, sendo este espaço de construção plural, é a nossa principal ferramenta para o intercâmbio e construção de meios que valorizem o ser  humano, em detrimento da mais-valia. Que fortaleça o Estado, em detrimento do capital privado. Que esta riqueza seja manifestada em todas as suas formas nestes seis dias de Fórum Social Mundial.