Papers

Morte e vida severina. O Estado-nação e a sociedade civil em tempos de globalização

RESUMO A emergência de uma de uma sociedade civil global discutida por COHEN(2003), MERLE(1981), VIEIRA(2005), GRUGEL(2002) dentre outros autores dos campos das Ciências Sociais, Ciências Políticas e das Relações Internacionais, chama atenção para a transformação da categoria sociedade civil, geralmente ligada às relações no interior dos Estados-nação, transformando-se para relações dentro do sistema internacional num mundo globalizado.

Pensar como o fenômeno foi construído, significa pensar quais são os elementos que o tornaram possível, diga-se o contexto social e material, bem como as ideais que contribuíram para o surgimento desta categoria. A formação dos Novos Movimentos Sociais (TOURAINE, 1988; GOHN, 2007), aliados às transformações materiais a partir dos anos 1970 (CASTELLS, 2002; MERLE, 1981), impactaram diretamente nas formas como a sociedade civil se organiza e quais os assuntos que formam suas agendas de ação. Por conseguinte, há uma reformulação de como a sociedade civil percebe o Estado, como se relaciona com este e outras instituições políticas.

Para pensar como estas duas unidades analíticas se articulam, alguns autores dão mais importância ao papel dos Estados (GRUGEL, 2002; WENDT, 1999), enquanto outros avaliam que os Estados têm cada vez menos força na articulação e definição de políticas, perdendo assim cada vez mais sua capacidade de exercer soberania sobre seus territórios (COHEN, 2003) ou servindo apenas como distritos policiais para garantia do nível médio de ordem para realização de negócios (BAUMAN, 1999). Este artigo pretende apresentar uma crítica ao modelo cosmopolita de sociedade civil global, situando esta categoria em relação a reprodução do capitalismo global para, a partir daí, pensar-se o papel do Estado e sua relação com a sociedade civil numa ordem globalizada.

Palavras-chave: Estado-nação, sociedade civil, globalização, movimentos sociais.

ABSTRACT The emergence of a global civil society discussed by Cohen (2003), MERLE (1981), Vieira (2005), Grugel (2002) among other authors from the fields of Social Sciences, Political Sciences and International Relations, highlight to the transformation of the category civil society, generally connected to relations within nation-states, transforming themselves into relationships within the international system in a globalized world.

Thinking how the phenomenon was constructed is the same as thinking what about the elements that made it possible to tell whether the social and material as well as the ideals that have contributed to the emergence of this category. The emergence of New Social Movements (TOURAINE, 1988; GOHN, 2007), coupled with processing materials from the 1970s (CASTELLS, 2002; MERLE, 1981) directly impacted on the ways in which civil society organizes itself and which the issues that shape their agendas for action. Therefore, there is a reformulation of how civil society perceives the state as it relates to this and other political institutions.

To think how these two analytical units are articulated by some authors give more importance to the role of states (GRUGEL, 2002; WENDT, 1999) while others estimate that the states have less strength in the joint and policy, thereby losing more of its capacity exercise sovereignty over their territories (COHEN, 2003) or only serving as police districts to ensure the average level of achievement in order to business (BAUMAN, 1999). This article presents a critique of the model cosmopolitan global civil society, standing in relation to this category for reproduction of global capitalism, from there, think about the role of State and its relationship with civil society in a globalized order.

Keywords: Nation state, civil society, globalization, social movements.

KONOPACKI, M. A.. Morte e vida severina. O Estado-nação e a sociedade civil em tempos de globalização. 2010. Disponível em https://konopacki.com.br/2010/09/morte-e-vida-severina-o-estado-nacao-e-a-sociedade-civil-em-tempos-de-globalizacao/.

Leave a Reply

Your email address will not be published. Required fields are marked *